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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Júri de Secundário
Testemunho de adulto certificado - Nível Secundário
Testemunho de adulto certificado - Nível Secundário
Paulo Santos
Certificado a 21 de Dezembro de 2011
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Sessão de Júri - nível secundário
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Sessão de júri - nível secundário e nível básico
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Natal solidário
Fomos amavelmente recebidas pela irmã Deolinda, que nos informou sobre a actividade da associação e o envolvimento dos voluntários no funcionamento da mesma.
Muito obrigado e votos de continuação deste relevante serviço comunitário.
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Sessão de júri - nível B3
De TIC Prof. Ganhão; de MV Prof. Torres; de LC Prof.ª Maria José; de CE Prof.ª Manuela
Quero também dizer que com os vosso trabalho não estão só a validar competências, mas sim mudar a vida das pessoas, pois dão capacidades para sermos mais úteis à sociedade e no progresso do nosso país.
Quero então agradecer tudo o que fizeram por mim.
Atenciosamente:
Cláudia Lopes Grupo 4M"
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Sessão de júri - nível básico
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Competências artísticas
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Júri de Secundário 16 de Novembro de 2011
O Centro ES@+ deseja-lhe as maiores felicidades e os votos de um longo e frutuoso processo de aprendizagem ao longo da vida!
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Livro(s) da Minha Vida
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Sessão de Júri de Nível Secundário
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Novos grupos de Nível Básico
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Júri de Nível Básico
Parabéns de toda a equipa e votos de felicidades, expressos neste poema que o professor José Jacinto vos dedicou.
GRUPO 3M
Hoje é um dia
em que termina
uma fase da vossa Vida.
Hoje pensais…
até que enfim
acabou a escola…
talvez…
à qual tínheis, sem querer
voltado outra vez…
sem vontade de aprender
mais do que já sabíeis.
Hoje, eu sei
que já não pensais assim.
Hoje é um dia de começar um novo dia.
A partir de amanhã
espera-vos uma nova caminhada,
cheia ou menos vazia
de aprendizagem,
de novidade ou não,
mas decerto renovada
pela Formação inesperada,
desejada só já para o fim,
mas que jamais será esquecida…
Tenho eu para mim.
Hoje é um dia que vos sabe a último,
na chegada dele,
mas que deveis saborear
como uma fresca e desejada partida
que vai fazer frutificar a esperança
nesta nova fase da vossa vida.
Vénia ao vosso testemunho,
à vossa persistência,
à vossa paciência,
à lição aprendida,
enriquecida
com a vossa experiência.
A vossa passagem por aqui
fez elevar mais um andar
o vosso conhecimento
em eterna construção,
como esta Escola
que vos ensinou outra vez a estudar.
Felicidades.
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Saúde, desporto, inglês e sentido de humor
(...)
When I arrived at the gym for the first class, it seemed that we were in London, I only heard the people talk about: body-step, spinning, cardio-fitness, body-pump, abbs and body-jam. It was a new world of exercises and it was not necessary any translation. These words are part of the vocabulary used in this environment. It was a good start for me, I could not know how to do the exercise, but the names I could say well!"
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Testemunho de adulto certificado - Nível Secundário
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Cerimónia de entrega de diplomas - PARTICIPEM
A equipa do CNO
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Todos juntos proporcionaram-me um grandioso enriquecimento enquanto formadora e pessoa.
Um bem-haja a todos e continuação de uma boa caminha pela estrada da vida.
A formadora de MV - Cristina Pina
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Setembro
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Momentos de Verão
Neste período de Verão, desejamos a todos bons momentos de lazer, de aprendizagem, de alegria e esperança partilhadas.
Nas palavras de Paulo Freire:
"A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da beleza e da alegria."
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Comentários recentes
Antes da pausa de férias da equipa do CNO, publicamos os dois comentários mais recentes, de um adulto certificado e de uma Técnica de Diagnóstico e Encaminhamento de outro CNO, que muito agradecemos.
A todos os que têm colaborado neste espaço, o nosso obrigado pela partilha, incentivo e contributo para a melhoria deste trabalho colectivo.
"Um obrigado a todos os formadores e profissional pela ajuda e disponibilidade! Sem eles ainda provavelmente estaria no processo!"
Luís Rocha - adulto certificado - Nível Secundário
"Boa iniciativa. Bom trabalho."
Cidália TDE – CNO Dr. Joaquim de Carvalho
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Excertos de portefólios de adultos certificados.
"No meu actual posto de serviço, na Amarsul trabalho com vários equipamentos relativamente aos quais tenho de ter alguns cuidados específicos, como por exemplo:
As bombas centrífugas, são as bombas que promovem o escoamento das águas para a EPTAR (Estação de Pré-Tratamento de Águas Residuais) são controladas num quadro de comando, que se encontra localizado na Oficina.
O comando manual é realizado quando existem condições meteorológicas adversas, nomeadamente precipitação intensa, que aumenta a produção de lixiviados que são necessários escoar para a EPTAR.
Marina Marcos, certificada com o Nível Secundário
"Actualmente ouve-se falar em ergonomia, mas a primeira vez que ouvi tal palavra foi no ano de 1999, quando comecei a trabalhar na linha de montagem na fábrica da Volkswagen na Auto Europa em Palmela. Aqui havia a preocupação de adaptar o trabalho às características fisiológicas e psicológicas do ser humano ou seja adaptar o trabalho ao Homem e não o contrário. Acredito que a ergonomia surgiu da necessidade de aliar a eficácia à segurança e à qualidade do trabalho.
Ana Paula Oliveira, certificada com o Nível Secundário
"Em 2005 fui convidado para integrar a equipa de projecção. Comecei como ajudante de projeccionista, as primeiras máquinas de projecção com que trabalhei eram as VICTORIA 5. (...)
Quando a empresa colocou estas máquinas digitais ao serviço deu-me uma formação extra. Aprendi a programar, mudar lâmpadas de xénon digitais, esta formação durou alguns dias e teve lugar no cinema do centro comercial Colombo, em Lisboa.
Luís Rocha, certificado com o Nível Secundário
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Excertos de Portefólios de Adultos em Processo
O retorno às origens é um sinal claro da necessidade de preservar a identidade, é neste ponto que as aldeias têm um valor que em muito ultrapassa a sua dimensão sócio – económica.
A aldeia continua a ser um ponto de referência, tanto para os que lá nasceram e de lá partiram, como para os que não tendo nascido lá, por razões de laços familiares a elas estão ligadas.
Numa aldeia anda-se a pé para o trabalho, para a mercearia, para a casa dos familiares, para a igreja, o mesmo não acontece na cidade, perdemos horas em transportes para nos deslocarmos, muito embora seja nos grandes centros que estão as oportunidades para tudo: trabalho, educação, cultura, etc.
Mas o stress em que vivemos na cidade leva-nos a pensar se valeu a pena termos partido e deixado para trás as nossas origens, se não teríamos sido outras pessoas, mais felizes e com mais qualidade de vida, se tivéssemos ficado e desenvolvido o interior hoje teríamos um país melhor.
As políticas erradas dos últimos cinquenta anos, que levaram a que o interior ficasse desertificado e os centros urbanos ficassem com excesso de população, tornam o dia-a-dia excessivamente mecanizado, tornando os seres humanos menos humanos.
Muitos dos nossos vizinhos não os conhecemos e nem há o hábito de nos cumprimentarmos, em muitas pessoas não há o menor sentido de comunidade.
Vou transcrever um poema de Carlos Drummond de Andrade que retrata bem a solidão das cidades … "
A Bruxa
"Estou cercado de olhos,
De mãos, afectos, procuras
Mas se tento comunicar-me
O que há é apenas a noite
E uma espantosa solidão. "
"A Lisnave também teve efeitos negativos, poluiu os terrenos onde estava implantado o estaleiro e penso que ainda está, espera-se que seja despoluído antes de lá construírem. Durante muitos anos, os moradores das proximidades do estaleiro foram muito prejudicados com a poluição e os ruídos.
Os prédios que foram construídos ao longo dos anos e as queixas dos moradores, em boa parte contribuíram para que a reparação naval fosse transferida para a Mitrena, onde já havia um estaleiro.
O estuário do Rio Tejo também foi bastante prejudicado com o estaleiro, devido à poluição natural e acidental, durante muitos anos.
Oficialmente, e talvez legalmente, porque não haveria legislação ou se havia não era cumprida a grenalha, que é um produto metálico utilizado para decapar o costado dos navios, depois de utilizado, ficava no fundo da doca. Os navios, depois de estarem decapados, eram pintados, muitos deles com tintas venenosas. Os restos das tintas, diluentes e outras matérias poluentes envolviam-se na dita grenalha, que era, posteriormente, transportada num batelão e descarregada no Rio Tejo, frente a Cacilhas. Esta operação repetiu-se durante anos e tudo e todos a assistir, impávidos e serenos. Tantas vezes me interroguei e comentei com os meus colegas: «onde andam as Autoridades Marítimas?». Para bem do Tejo, a Lisnave foi transferida para a Mitrena, onde já existem outras condições, inclusivamente a água das docas antes de ser devolvida ao Rio Sado, passa por uma estação de tratamento.
Outras medidas também foram tomadas, em termos legislativos e de fiscalização. O que veio pôr termo aos esgotos domésticos que eram conduzidos para o rio sem tratamento. Muito foi feito para contrariar esta situação. Já se construíram estações de tratamento e foi metida tubagem submersa para que os esgotos, depois de tratados, sejam lançados no Oceano Atlântico.
As embarcações que navegavam nos rios e na costa descarregavam alguns esgotos directamente para a água. Hoje, felizmente, nada disso se faz. As casas das máquinas e outros compartimentos dos navios, que tenham óleos ou águas sujas, são esgotados para recipientes próprios e conduzidos para as estações de tratamento.
Com as novas tecnologias hoje é possível, por radar e via satélite 24 sobre 24 horas, controlar todos os movimentos e localização dos navios que navegam na nossa costa e detectar possíveis derrames ou esgotos acidentais ou ocasionais. Os Senhores Comandantes e outros tripulantes, ao terem conhecimento das consequências e das pesadas coimas não arriscam."
terça-feira, 19 de julho de 2011
Júri de Certificação - Níveis B2 e B3
Teve lugar no dia 14 de Julho, mais um júri de certificação de nível básico, estiveram presentes seis candidatos. As certificações obtidas foram de nível B2, certificação total - três adultos; nível B3, certificação parcial - um adulto e certificação total nível B3 - dois adultos.
Votos de continuação de percursos de formação que satisfaçam os vossos desejos, em cursos EFA, formações modulares UFCD ou outra alternativa possível.
Excerto da história de vida de Carla Antunes
Faço limpeza no hospital todo, também tenho o horário que eu quero, foi uma luta para ter esse horário, porque eu tinha um horário das 12 às 20, não me dava para estudar."
Reflexão crítica (excerto) de Gisela Palma - Nível B3
"Gostei bastante de escrever a minha história de vida. Comecei a contar quando nasci e as palavras foram surgindo. Foi muito boa, a ajuda de todos os professores. Comecei por ter 8 páginas na história de vida e acabei com 17, o que é óptimo, pois fez-me relembrar várias coisas.
Fico muito contente ao saber que finalmente vou conseguir ter o 9º ano, pois ficava triste ao dizer que tinha apenas o 8º ano. Conheci pessoas novas, ri em conjunto com os meus colegas e tirávamos dúvidas uns aos outros. Fiquei impressionada comigo mesma, pois quando estudava detestava matemática. E não é que gostei bastante de rever e aprender certas matérias de matemática! Já vou poder entregar o meu certificado do 9º ano no trabalho. Que bom!"
“Arte da paz começa contigo. Trabalha em ti e naquilo que concerne a arte da paz. Toda a gente possui um espírito que pode ser aperfeiçoado, um corpo que pode ser treinado, um caminho adequado a percorrer. Não estás aqui por outra razão que não cumprires a tua divindade interior e manifestar a tua luz interior. Insere a paz na tua vida e depois aplica a arte a tudo aquilo que encontrares.
Estas foram palavras escritas pelo fundador, MORIHEI UESHIBA, o mentor do Aikido."
A propósito do Processo RVCC - Reflexões
Inicialmente, tive conhecimento do processo através da comunicação social, e tentei posteriormente informar-me acerca do mesmo e do seu funcionamento através de pessoas que já o tinham frequentado ou conheciam alguém que o tivesse feito.
As opiniões eram muitos diferentes e variavam consoante o Centro Novas Oportunidades que a pessoa tinha frequentado. Não fiquei com uma ideia muito clara do que era o processo, mas a maioria dizia que era fácil, que em poucos meses terminavam, era baseado em trabalhos e que nem sequer tinham que se deslocar ao Centro para os entregar, pois era tudo enviado através de e-mail.
Após ter-me inscrito, e ao iniciar as sessões, percebi que afinal era tudo diferente da ideia que tinha criado. Aqui temos acompanhamento, os formadores estão sempre disponíveis para esclarecimento de dúvidas e, a meu ver, temos um nível de exigência bastante elevado, o que nos leva a um maior empenho e perfeccionismo no trabalho desempenhado.
Até ao momento estou bastante contente e a gostar muito de ter tomado a decisão de iniciar este processo. Espero conseguir cumprir todos os objectivos que me foram propostos, não deixando também de corresponder às expectativas daqueles que me têm acompanhado neste processo.
Vanessa Ramos Pina
Iniciei o processo RVCC por motivos de satisfação pessoal. É uma possibilidade para mim de aumentar os meus conhecimentos e alcançar o décimo segundo ano. Eu acho que este programa foi uma decisão inteligente por parte do governo, porque aumenta os conhecimentos e o nível escolar da população. A opinião dos meus amigos sobre o RVCC é dividida. Alguns dizem que é positivo, outros dizem que é negativo. O projecto é, em geral, bem visto na sociedade. O caminho é muito trabalhoso, pois escrevo diariamente durante várias horas.
Eike Berghoff
Vim frequentar o nível secundário do processo RVCC para enriquecer os meus conhecimentos e conseguir a qualificação do 12º ano, que não consegui nos anos normais da escola e assim conseguir ter mais facilidade em arranjar trabalho.
Em comparação ao centro novas oportunidades onde eu estava antes de ser transferido, este centro na Escola Secundária de Amora, foi mais rápido a chamar-me e as sessões são mais esclarecedoras do que no outro CNO.
Ao fim deste primeiro mês neste centro, continuo bastante motivado para continuar e concluir o 12º ano, pois tanto a técnica, os formadores, como os colegas de grupo são bastante simpáticos e divertidos.
Várias pessoas que conheço diziam várias coisas sobre este processo, que não valia a pena vir ou mesmo tentar iniciar, mas para mim, tem sido bastante enriquecedor estar neste processo.
Vou tentar sempre dar o meu máximo para continuar a vir às sessões e concluir com sucesso este processo.
Vítor Couto
O RVCC é um processo que eu penso ser bastante complexo, pois não é fácil falarmos da nossa vida. Já tinha conhecimento deste processo por amigos que o fizeram e mesmo comentários de pessoas alheias em transportes públicos. Sempre ouvi falar bem e de como era fácil, mas ao chegar aqui… constatei que realmente não é fácil, temos de dar muito de nós e com uma vida activa que temos torna-se mais complicado. Não que a reflexão seja difícil, mas ter a cabeça limpa depois de um dia ou uma semana de trabalho intenso e cuidar da casa e do filho, o pensamento não flui. Mas com certeza irá ser compensatório, mesmo que seja uma certificação parcial será enriquecedor, vou perceber que sei mais que aquilo que pensava que sabia e, melhor ainda, vou ter a prova disso!
Tânia Fernandes
Estou a frequentar o nível secundário do processo RVCC.
Tomei conhecimento através de uma amiga, que já tinha concluído e incentivou-me a fazer o mesmo. Referiu que, com garra e dedicação, atingiu o seu objectivo, não era fácil, mas uma alternativa bastante importante e compensadora.
Como tinha bastante vontade de voltar a estudar, informei-me no Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária de Amora em que é que consistia o RVCC e se eu tinha a possibilidade de o frequentar. Após todo o esclarecimento e respectiva análise, vi de imediato que era a oportunidade da minha vida, pois já tinha tentado estudar à noite e infelizmente acabara por desistir. Não era possível conciliar o frequentar aulas todos os dias com a minha vida pessoal e profissional.
Desde que iniciei o RVCC, achei que seria muito complicado e difícil de concluir, mas com o passar do tempo e após as sessões de esclarecimento, fiquei mais consciente de todo o processo que me espera.
Na minha opinião, não é fácil, pois existem imensas competências que fui adquirindo na minha vida, mas para as desenvolver é preciso reflectir e organizar-me de forma a tentar ir de encontro ao que o referencial (a nossa “bíblia”) nos solicita.
“Recordar é viver”, para mim, é a citação mais adequada a todo este processo, pois com toda a informação e aprendizagem ao longo do meu “pequeno” percurso de vida, é fundamental ir recordando todos os ensinamentos que tenho vindo a aprender e, deste modo, tentar realizar todas as etapas com sucesso.
Débora Mendes
Frequentei o RVCC básico no CNO da Escola Secundária de Amora, o qual terminei com sucesso, actualmente estou a frequentar o RVCC secundário, no mesmo centro.
Reflectindo sobre este processo tenho a salientar alguma positividade em relação à minha experiência neste processo, o qual me foi apresentado por um amigo, na altura em que me foi recusado um posto de trabalho numa empresa conceituada, na qual só são preenchidos postos de trabalho por indivíduos com o 12º ano de escolaridade (política da empresa).
No início, tudo me parecia complexo, mas com o decorrer do processo e com o profissionalismo dos formadores, que foram incansáveis no desenvolvimento e acompanhamento do meu portefólio, que foi bastante trabalhoso, tudo se tornou mais simplificado, vindo-se a tornar num trabalho bastante interessante. A própria apresentação a júri foi também bastante interessante, pois revelava o trabalho que tive durante este período e que agora o estava a apresentar, a fim de ser avaliado, isto para mim foi bastante gratificante.
Actualmente, estou a frequentar o RVCC secundário e, segundo a minha primeira avaliação, parece ser um pouco mais trabalhoso, em relação ao processo anterior, mas não é nenhum bicho-de-sete-cabeças, afinal trata-se de uma forma de revelar competências com um grau de validação mais profundo.
Na minha opinião, este processo tem bastantes qualidades, as quais nos são bastantes favoráveis para que nos possamos sentir realizados a nível académico, para que possamos, perante o mercado de trabalho, preencher os tais ditos postos de trabalho, os quais só poderemos fazê-lo, se possuirmos qualificações à altura.
A opinião de quem não conhece ou presenciou um processo deste tipo, é negativa e quase sempre são incapazes de compreender qualquer tipo de explicação dada por quem tem conhecimento de causa, alegando que andou não sei quantos anos “a queimar a pestana” e, actualmente, dirigimo-nos a um centro novas oportunidades e pronto, já está. Ora bem, isto não é bem assim, pois este processo vai validar todas as competências adquiridas no decorrer da nossa vida profissional, pessoal e social, através das quais demonstramos que na realidade aprendemos na prática, o que os ditos estudantes aprenderam em teoria e, por vezes, não as sabem apresentar nos seus meios profissionais actuais, pois falta-lhes a prática.
Pedro Francisco
Reflexões de um grupo de adultos a frequentar o processo RVCC de nível secundário
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Nível Secundário - Júri de Certificação
Depoimento sobre o processo:
Não existe ninguém “burro”, existem pessoas que têm mais dificuldades em aprender e outras que têm menos. Muitas vezes eu perguntava a mim própria para que servia estudar Matemática. Fui-me apercebendo, através deste processo, que a vou utilizando ao longo da minha vida, que aplico as disciplinas diariamente, por exemplo, quando organizo a minha vida financeira. Durante o processo frequentei também a formação modular de Inglês.
Muitas vezes me emocionei ao escrever a minha autobiografia, porque me lembrei de momentos já esquecidos.
No início, o processo foi difícil. Tive mais dificuldades em expressar-me, em pôr no papel, do que em entender o próprio processo. No futuro, gostaria de frequentar o curso de Serviço Social.
Michelle Isidoro -Nível Secundário – 13 de Julho de 2011
Excerto do Portefólio:
A gestão e administração de condomínios é, no meu entender, uma actividade aliciante, quer pelos contactos com as pessoas, quer pela diversidade de situações que nos surgem.
Num mundo cada vez mais concorrencial, a actividade onde me insiro obriga-nos a uma constante actualização e atenção às movimentações do mercado, por isso, e com alguma frequência, visitamos o portal do condomínio onde surgem diversas situações e opiniões sobre as mesmas, que analisamos e de onde retiramos as necessárias ilações. (...)
Fazemos a gestão de cerca de cem prédios e exercemos a assessoria de um centro comercial e dois prédios, num universo de, mais ou menos, dois mil condóminos.
Para além disso, estamos em estudo, com uma empresa, para fornecimento de um novo programa de gestão de condomínio, para que os condóminos, através de um username e uma password, possam aceder novamente à informação do seu prédio via internet, situação que já existiu e que por, falência de empresa que forneceu o programa, deixou de ter acesso.
Francisco Neves - Nível Secundário
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Poesia popular
Deste modo, numa sessão conjunta com a profissional de RVC e a equipa de formadores de nível básico, o grupo 3M teve a oportunidade de presenciar a leitura de diversos poemas e textos lidos pela autora, que com os seus 83 anos, nos deliciou com a sua vivacidade, empenho e criatividade literária.
Uma lição de escrita, de leitura e de vida.
Muito obrigada em nome da equipa.
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Sessão de Júri - Nível Básico
"Etapas marcantes porque marcaram o coração" - Carlos Soares
"Um desejo que se cumpre, deleita a alma" - Manuel Bento
A equipa deseja a todos as maiores felicidades.
O CRIA na ESA
A ideia com que fiquei, depois da minha conversa com as duas professoras dentro do gabinete do Cria, foi que dentro da Escola Secundária de Amora existe esperança nos professores e digo isso porque fazer voluntariado dentro da escola é a evidência de que os professores não perderam a esperança com os alunos em risco, não perderam a esperança diante de realidades como o abandono escolar, a situação de alunos problemáticos, ausências dos encarregados de educação, a indisciplina na sala de aulas e outros assuntos não referidos nestas páginas.
Manuel Bento de Azevedo e Silva
terça-feira, 12 de julho de 2011
Sessão de Júri de Certificação - Nível Secundário
Excertos de Portefólios:
"Ao chegar a Inglaterra observei atentamente as diferenças culturais, religiosas e laborais e vou descrever de seguida algumas delas. No Reino Unido existe um elevado numero mães adolescentes. Em Portugal as mulheres, regra geral, têm filhos após conseguirem estabilidade profissional e financeira e cada vez mais têm filhos mais tarde. No Reino unido são mães jovens e começam a sua vida profissional mais tarde. Um dos factores que influência esta decisão é a atribuição de subsídios. Em Portugal o abono de família e os subsídios sociais são de valores demasiado baixos, sou mãe e sei que estes valores são “ridiculamente” baixos, ao contrário do Reino Unido, onde é dado o abono de família, que lá se chama Child Benefit, num valor que permite garantir o sustento da criança, o Tax Credit, que é atribuído consoante o agregado familiar e os rendimentos e no caso de classes mais baixas ou desempregados, poderão ainda obter subsídios de renda, Housing Benefit, ou até mesmo obterem habitação social. "
Adelaide Canelas
Certificação de nível secundário
"A diferença entre culturas e raças, nem sempre é motivo de divergências, a adaptação de diferentes indivíduos de diferentes raças por vezes é mais fácil do que se pensa e a interacção com os mesmos também.
Na minha vida há uma constante divergência entre culturas, pois parte da minha família materna é de cultura muçulmana e uma outra parte católica e entre estas culturas as diferenças são bastante notórias, daí presenciar algumas situações. Eu sou o exemplo da diferença, pois para além de o meu bisavô ser de origem síria e ter casado com uma portuguesa, as diferenças mantiveram-se nas gerações seguintes, pois a minha mãe é de origem síria e o meu pai é de origem africana.
A diferença de comemoração da cerimónia do casamento é significativa, pois a cerimónia muçulmana dura três dias em que o primeiro dia é aquele em que a noiva dá em sua casa uma festa alegre apenas com as mulheres da família com um lanche servido por ela, durante este dia e a semana anterior a noiva não sai de casa e cobre-se apenas com roupas brancas, até ao dia do casamento. Daqui a diferença entre o casamento católico, pois é no dia do casamento em que a noiva se veste de branco, existe ainda uma festa realizada antes do casamento chamada despedida de solteira, que nada tem a ver com o ritual realizado no casamento muçulmano. O dia da cerimónia que em árabe é chamado o “ Nikah”, casamento em português, é o primeiro dia que a noiva tem contacto físico com o noivo e é apenas depois da celebração e cada um deles cobertos por um véu branco, este ritual é feito para que o noivo e a noiva sejam o espelho um do outro. O casamento muçulmano é literalmente um contrato entre um homem e uma mulher e suas famílias, pois estes passam a ser uma única família. Três dias após a celebração as duas famílias reúnem em casa do noivo para uma festa alegre, esta servida pelos noivos.
Durante a cerimónia, o copo de água é muito restrito pois os muçulmanos comem apenas o cabrito e este é morto e abençoado no dia da cerimónia e assado, não há consumo de bebidas alcoólicas, pois esta é considerada uma cerimónia abençoada e pura, daí esta diferença. A nossa boda é comemorada com muita comida de todo o tipo e com grande variedade de bebidas.
Esta cerimónia é realizada na presença de muitas flores que representa a pureza e alegria, a massa de açafrão é utilizada na tez da noiva para fazer desaparecer a luminosidade da sua tez para que nenhum outro homem possa olhá-la. Já no caso da nossa cerimónia a noiva maquilha-se para que a luminosidade da sua tez se distinga.
(…)
Existe também uma questão muito curiosa na celebração da nossa cerimónia, o Natal, que não é celebrada pelos muçulmanos, por isso para eles é uma festa estranha e de alguma forma uma controvérsia à sua cultura pois o cabrito só é morto na data com algum motivo muito forte, no caso da celebração do casamento. Inicialmente parte da família celebrava o Natal enquanto aqueles que praticavam a cultura muçulmana ficavam de parte durante esta data. Com o passar dos anos foram-se integrando nesta festa e hoje em dia participam na festa; só não dão os presentes da época porque o seu simbolismo não lhes permite.
O chamado ramadão, bastante conhecido, é praticado desde sempre pela minha família, mas ninguém o pratica a não ser aqueles que estão convertidos, pois é impensável esta prática do ramadão por outro membro que não seja convertido, porque é considerado uma ofensa à cultura, e daí até preferem que ninguém pratique, apesar de todos nós respeitarmos esta quadra.
Apesar de todas estas diferenças, tentamos de alguma forma satisfazer os costumes de todos presenciando sempre as diferentes culturas, tentando sempre estarmos unidos, até porque somos uma família e temos de permanecer como tal, unidos apesar das diferenças e controvérsias. Nem sempre é fácil mas ambas as partes fazem alguns sacrifícios para que o ambiente seja harmonioso e não exista tensão."
Rita Pereira
Certificação de Nível Secundário
Depoimentos sobre o processo RVCC:
Inscrevi-me neste programa para ter a oportunidade de concluir os meus estudos e validar todos os conhecimentos adquiridos ao longo da minha vida.(…)
Nasci em Moçambique.(…)
Apesar de estarmos cá em Portugal, mantivemos algumas das nossas tradições, principalmente nas festas familiares onde incluímos sempre os nossos pratos típicos: o caril de frango, caril de amendoim, caril de caranguejo. Alguns destes pratos têm origem indiana. Também são confecionados outros pratos africanos que eram cozinhados no sul de Moçambique, onde nasceu a minha mãe, compostos sobretudo por folhas de plantas e vegetais de que são exemplos: a matapa feita com folha de mandioca e a macouve que, como o nome indica, é feita com couve e amendoim. A alimentação é muito rica em vegetais e em Moçambique as plantas têm um papel muito importante tanto na alimentação como nas medicinas alternativas e tradicionais.(…)
Em Moçambique existe muita diversidade cultural devido às diferenças étnicas entre os povos do Norte e os do Sul, bem como a mistura com indianos, especialmente goeses, e com árabes na zona norte. No aspecto cultural há a destacar que um dos melhores escritores de língua portuguesa, o moçambicano Mia Couto e na pintura, com relevo internacional, o recentemente falecido Malangatana.
A diversidade de populações proporciona uma gastronomia muito rica no que é ajudada pelas especiarias e pelo peixe e marisco das águas quentes do oceano Índico que banha a sua extensa costa. A título de exemplo junto uma receita de Caril de Frango à Moçambicana. Enquanto o prepara vá petiscando uma chamuça meio-picante ou muito picante dependendo do gosto.
Caril de Frango à Moçambicana
Ingredientes:
• 1 Kg de frango
• 2 chávenas de arroz
• 1 cebola grande
• 2 tomates
• 3 dentes de alho
• 1 dl de azeite
• 2 dl de leite de coco
• 1 polpa de coco
• 2 colheres (sobremesa) de caril
• 2 colheres (sopa) de coco ralado
• 2 colheres (sopa) margarina
• cominhos q.b.
Preparação:
Faz-se um refogado com o azeite, margarina, alhos, cebola picada e uma das colheres de caril. Depois de alourar, colocar o tomate desfeito e os cominhos. Junte um pouco de água. Deixe aquecer. Depois de aquecer este preparado coloque os pedaços de frango cortados pequenos. Junte mais água para que se faça a cozedura em lume brando sem queimar. Antes de o frango estar cozido, coloque o coco ralado e a polpa de coco (em barra ou comprado fresco, passada na picadora). Deixe apurar. Quase no final deite o leite de coco misturado com a outra colher de caril. À parte, coza o arroz. O caril é depois servido por cima do arroz cozido.(…)
Albertina Velez
Certificada com o Nível Secundário – 6 de Julho de 2011
Inicialmente, quando me propus a este “desafio”, não imaginava o quanto a minha rotina diária iria ter que mudar para poder realizar todo o trabalho que me era solicitado.(…)
Este processo foi excelente para a minha valorização pessoal e profissional. Para mim foi extremamente importante concluir este processo, porque gostaria futuramente de trabalhar na área da saúde, pois sempre foi o meu desejo, mas dadas as circunstâncias da vida não consegui acabar os estudos, com muita pena minha.
Graças às Novas Oportunidades, tive a oportunidade de voltar a sonhar, e penso que é possível tornar o meu sonho realidade. Após concluir o 12º ano quero melhorar a minha vida profissional, para melhorar a minha vida pessoal. Ambiciono ter um futuro melhor e tem que partir de mim dar o primeiro passo.
As maiores dificuldades com que me deparei foram essencialmente, voltar a escrever, demonstrar capacidade de reflexão sobre a minha própria aprendizagem e perceber os critérios de evidência de CP. No início do processo, estive um bocado perdida, pois foi difícil descodificar o Referencial. Do meu ponto de vista estão numa linguagem um pouco complicada e pouco explícita em relação ao trabalho pretendido. Mas com a ajuda de todos os formadores e da minha profissional de RVC, tudo se compôs.(…)
Mª Filomena Fernandes
Certificada com o Nível Secundário – 6 de Julho de 2011
Procurei as Novas Oportunidades na Escola Secundária de Amora, por ser a escola mais perto da minha residência e porque foi a opção que encontrei para, neste momento da minha vida, conseguir concluir o ensino secundário.
O que me levou a iniciar o processo RVCC foi o facto de, no ano lectivo 2008/2009 através do acesso para maiores de 23 anos, ter tentado a minha entrada na Universidade e não ter conseguido.
Decidi não ficar parada, pois o facto de não ter concluído o ensino secundário faz toda a diferença, quer para o meu sucesso e progressão a nível profissional, quer para me sentir realizada a nível pessoal. O facto de eu trabalhar há muitos anos em Contabilidade e ter as capacidades e o profissionalismo de uma técnica de contabilidade, sem o 12º ano concluído, não terei tantas hipóteses como aqueles que o têm. A conclusão do ensino secundário é uma mais-valia para mim, porque hoje estou empregada, mas amanhã posso já não estar e assim terei mais hipóteses no mercado de trabalho.
Agora quero olhar para o futuro com a certeza que tenho mais uma “enxada” para poder cultivar melhor o meu amanhã, na certeza de que com o 12º ano concluído terei mais oportunidades. Continuo a pensar em estudar, vou tentar o acesso ao ensino superior e finalmente conseguir aquilo que mais quero, ser Técnica Oficial de Contas.
Marina Veiros
Certificada com o Nível Secundário – 6 de Julho de 2011