ESCOLA SECUNDÁRIA COM 3º CICLO DE AMORA

terça-feira, 19 de julho de 2011

A propósito do Processo RVCC - Reflexões

Decidi frequentar o RVCC Secundário para aumentar o meu nível de escolaridade, aprofundar conhecimentos e a pensar nas mais-valias que isso poderia trazer à minha vida futura.
Inicialmente, tive conhecimento do processo através da comunicação social, e tentei posteriormente informar-me acerca do mesmo e do seu funcionamento através de pessoas que já o tinham frequentado ou conheciam alguém que o tivesse feito.
As opiniões eram muitos diferentes e variavam consoante o Centro Novas Oportunidades que a pessoa tinha frequentado. Não fiquei com uma ideia muito clara do que era o processo, mas a maioria dizia que era fácil, que em poucos meses terminavam, era baseado em trabalhos e que nem sequer tinham que se deslocar ao Centro para os entregar, pois era tudo enviado através de e-mail.
Após ter-me inscrito, e ao iniciar as sessões, percebi que afinal era tudo diferente da ideia que tinha criado. Aqui temos acompanhamento, os formadores estão sempre disponíveis para esclarecimento de dúvidas e, a meu ver, temos um nível de exigência bastante elevado, o que nos leva a um maior empenho e perfeccionismo no trabalho desempenhado.
Até ao momento estou bastante contente e a gostar muito de ter tomado a decisão de iniciar este processo. Espero conseguir cumprir todos os objectivos que me foram propostos, não deixando também de corresponder às expectativas daqueles que me têm acompanhado neste processo.

Vanessa Ramos Pina


Iniciei o processo RVCC por motivos de satisfação pessoal. É uma possibilidade para mim de aumentar os meus conhecimentos e alcançar o décimo segundo ano. Eu acho que este programa foi uma decisão inteligente por parte do governo, porque aumenta os conhecimentos e o nível escolar da população. A opinião dos meus amigos sobre o RVCC é dividida. Alguns dizem que é positivo, outros dizem que é negativo. O projecto é, em geral, bem visto na sociedade. O caminho é muito trabalhoso, pois escrevo diariamente durante várias horas.

Eike Berghoff


Vim frequentar o nível secundário do processo RVCC para enriquecer os meus conhecimentos e conseguir a qualificação do 12º ano, que não consegui nos anos normais da escola e assim conseguir ter mais facilidade em arranjar trabalho.
Em comparação ao centro novas oportunidades onde eu estava antes de ser transferido, este centro na Escola Secundária de Amora, foi mais rápido a chamar-me e as sessões são mais esclarecedoras do que no outro CNO.
Ao fim deste primeiro mês neste centro, continuo bastante motivado para continuar e concluir o 12º ano, pois tanto a técnica, os formadores, como os colegas de grupo são bastante simpáticos e divertidos.
Várias pessoas que conheço diziam várias coisas sobre este processo, que não valia a pena vir ou mesmo tentar iniciar, mas para mim, tem sido bastante enriquecedor estar neste processo.
Vou tentar sempre dar o meu máximo para continuar a vir às sessões e concluir com sucesso este processo.

Vítor Couto


O RVCC é um processo que eu penso ser bastante complexo, pois não é fácil falarmos da nossa vida. Já tinha conhecimento deste processo por amigos que o fizeram e mesmo comentários de pessoas alheias em transportes públicos. Sempre ouvi falar bem e de como era fácil, mas ao chegar aqui… constatei que realmente não é fácil, temos de dar muito de nós e com uma vida activa que temos torna-se mais complicado. Não que a reflexão seja difícil, mas ter a cabeça limpa depois de um dia ou uma semana de trabalho intenso e cuidar da casa e do filho, o pensamento não flui. Mas com certeza irá ser compensatório, mesmo que seja uma certificação parcial será enriquecedor, vou perceber que sei mais que aquilo que pensava que sabia e, melhor ainda, vou ter a prova disso!

Tânia Fernandes


Estou a frequentar o nível secundário do processo RVCC.
Tomei conhecimento através de uma amiga, que já tinha concluído e incentivou-me a fazer o mesmo. Referiu que, com garra e dedicação, atingiu o seu objectivo, não era fácil, mas uma alternativa bastante importante e compensadora.
Como tinha bastante vontade de voltar a estudar, informei-me no Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária de Amora em que é que consistia o RVCC e se eu tinha a possibilidade de o frequentar. Após todo o esclarecimento e respectiva análise, vi de imediato que era a oportunidade da minha vida, pois já tinha tentado estudar à noite e infelizmente acabara por desistir. Não era possível conciliar o frequentar aulas todos os dias com a minha vida pessoal e profissional.
Desde que iniciei o RVCC, achei que seria muito complicado e difícil de concluir, mas com o passar do tempo e após as sessões de esclarecimento, fiquei mais consciente de todo o processo que me espera.
Na minha opinião, não é fácil, pois existem imensas competências que fui adquirindo na minha vida, mas para as desenvolver é preciso reflectir e organizar-me de forma a tentar ir de encontro ao que o referencial (a nossa “bíblia”) nos solicita.
“Recordar é viver”, para mim, é a citação mais adequada a todo este processo, pois com toda a informação e aprendizagem ao longo do meu “pequeno” percurso de vida, é fundamental ir recordando todos os ensinamentos que tenho vindo a aprender e, deste modo, tentar realizar todas as etapas com sucesso.

Débora Mendes


Frequentei o RVCC básico no CNO da Escola Secundária de Amora, o qual terminei com sucesso, actualmente estou a frequentar o RVCC secundário, no mesmo centro.
Reflectindo sobre este processo tenho a salientar alguma positividade em relação à minha experiência neste processo, o qual me foi apresentado por um amigo, na altura em que me foi recusado um posto de trabalho numa empresa conceituada, na qual só são preenchidos postos de trabalho por indivíduos com o 12º ano de escolaridade (política da empresa).
No início, tudo me parecia complexo, mas com o decorrer do processo e com o profissionalismo dos formadores, que foram incansáveis no desenvolvimento e acompanhamento do meu portefólio, que foi bastante trabalhoso, tudo se tornou mais simplificado, vindo-se a tornar num trabalho bastante interessante. A própria apresentação a júri foi também bastante interessante, pois revelava o trabalho que tive durante este período e que agora o estava a apresentar, a fim de ser avaliado, isto para mim foi bastante gratificante.
Actualmente, estou a frequentar o RVCC secundário e, segundo a minha primeira avaliação, parece ser um pouco mais trabalhoso, em relação ao processo anterior, mas não é nenhum bicho-de-sete-cabeças, afinal trata-se de uma forma de revelar competências com um grau de validação mais profundo.
Na minha opinião, este processo tem bastantes qualidades, as quais nos são bastantes favoráveis para que nos possamos sentir realizados a nível académico, para que possamos, perante o mercado de trabalho, preencher os tais ditos postos de trabalho, os quais só poderemos fazê-lo, se possuirmos qualificações à altura.
A opinião de quem não conhece ou presenciou um processo deste tipo, é negativa e quase sempre são incapazes de compreender qualquer tipo de explicação dada por quem tem conhecimento de causa, alegando que andou não sei quantos anos “a queimar a pestana” e, actualmente, dirigimo-nos a um centro novas oportunidades e pronto, já está. Ora bem, isto não é bem assim, pois este processo vai validar todas as competências adquiridas no decorrer da nossa vida profissional, pessoal e social, através das quais demonstramos que na realidade aprendemos na prática, o que os ditos estudantes aprenderam em teoria e, por vezes, não as sabem apresentar nos seus meios profissionais actuais, pois falta-lhes a prática.

Pedro Francisco


Reflexões de um grupo de adultos a frequentar o processo RVCC de nível secundário

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