A leitura traz-nos informação, notas, pontos de vista, factos. O estudo pode motivar-nos a procurar mais informações, a entender conceitos, perspectivas, factos. O olhar atento pode trazer-nos os estímulos do mundo exterior, e os nossos sentimentos são o reflexo de como tudo aquilo que se passa connosco e à nossa volta se manifesta em nós.
Ao longo da minha vida, sempre trilhei o meu próprio caminho. O saber entrou-me pela pele, pelos olhos, pelos amigos que conheci, pelos caminhos que partilhei, pelos amigos que perdi, pelos desafios profissionais que abracei, pelas pessoas que ao longo deste caminho me contam as suas experiências, as suas vivências e, de certa forma, o seu saber. Sempre fui um empirista, um crente no conhecimento através da experiência. Tive a sorte e o privilégio de, como comercial, ser um gestor das necessidades alheias e um ouvinte do que as pessoas tinham para me contar. Para mim, o conhecimento reside no mundo, nas mundividências de cada um. Mas nesse processo sei que o conhecimento provém de outros lugares. A leitura veio assumindo, para mim, um lugar importante e a necessidade de reflectir e de olhar, sob o ponto de vista crítico, para as minhas experiências e conjugar tudo isso com um estudo de factos, dados, informação sobre o mundo que me rodeia fazem-me hoje reflectir e analisar tudo considerando outros pontos de vista.
Provavelmente, este regresso ao estudo deveria ter tido lugar noutra fase da minha vida, mas nessa fase, o mundo exterior tinha demasiados estímulos para mim, demasiada informação que se apresentava para mim como um livro aberto. Hoje, a minha decisão de iniciar esta aventura estudantil, este processo de validação de competências e, de certa forma, este processo de avaliação, vem aliado a uma outra fase da vida, em que mais que explorar, queremos entender. Agora. É a vez de entender e estudar o que de outra forma se aprendeu.
Paulo Cunha
Certificado com o Nível Secundário - 4 de Março de 2011